O CORONAVÍRUS E EU.

Rev. Roberto Carlos F. de Paula

Leitura bíblica: Números 21:1-10. João 3:14-15.

Desejo aqui poder contribuir com uma pequena reflexão sobre este momento de comoção mundial por conta da pandemia do coronavírus.

Quero fazer esta reflexão a partir de dois textos das Sagradas Escrituras que aqui estão expostos acima.

O texto de Números 21:1-10. Relata o fato de que o povo hebraico que havia saído do Egito pelo braço forte de Deus, agora, se rebela, contra esse mesmo Deus, murmurando, reclamando, se queixando, insatisfeitos pelo cuidado que Deus até aqui lhes havia dispensado, Deus responde a este ato insano de seu povo enviando sobre eles serpentes que atacaram o povo trazendo a morte de muitos.

Assim o povo se volta para Moisés, agora não mais com os punhos cerrados contra Deus, mas com os corações quebrantados, arrependidos, convertidos, reconhecendo seu erro, e clamando pela misericórdia de Deus.

Deus percebe a mudança no coração de seu povo e ouve a intercessão de Moisés, e ordena que Moisés faça uma serpente de bronze e coloque sobre uma haste bem alta e todos os que olhassem para essa serpente de bronze seriam curados, e assim foi.

A semelhança do povo de Deus descrito aqui em Números, o ser humano do presente século também não busca sua satisfação em Deus e na sua providência, quando Deus não é expurgado de qualquer momento da vida humana, Ele serve tão somente como aquele que é buscado para dar algo, para fazer alguma coisa, para servir aos desejos e caprichos e necessidades da mente humana.

Da mesma forma que em sua Soberania Deus respondeu a aquela ação leviana do povo no deserto, enviando serpentes abrasadoras, da mesma forma o Deus todo poderoso nos responde hoje ao coração soberbo e altivo, e inconsequente da raça humana permitindo que essa pandemia coronavírus aconteça.

Acredito piamente que Deus aqui e agora, está nos chamando ao arrependimento, a conversão, a confissão de pecados, a nos voltarmos para Ele, com o reconhecimento de que somos tão pequenos que nada podemos fazer diante de tão grande crise espiritual, emocional, relacional, física, econômica, social, causada por um ser tão diminuto como um vírus.

Tenho plena convicção de que é exatamente isso que Deus espera da parte do ser humano, do homem que ele criou, que nos voltemos agora para Ele arrependidos.

Mas a igreja, qual é o papel da igreja nesse momento?

A igreja é composta por pessoas e penso eu, que como igreja devemos seguir as orientações das autoridades a fim de nos protegermos desse contagio e não sermos propagadores do mesmo, todas as ações de autopreservação devem ser tomadas.

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a ser igreja, ela precisa ser profética, anunciado todo o desígnio de Deus, um Deus Soberano que tem as rédeas da história em suas mãos, um Deus que tem um plano para a humanidade e executa esse plano com êxito, um Deus que prepara o mundo para a vinda de Jesus seu filho, para consumação de todas as coisas nEle.

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a exercer seu sacerdócio, como igreja precisamos oferecer nossos sacrifícios espirituais pelo povo, nossas orações, vigílias e jejuns, rogando a Deus por sua misericórdia pelos que estão sofrendo, enlutados, enfermos, em pânico, desempregados e etc…

Ao mesmo tempo a igreja precisa continuar a exercer seu ministério de adoração ao Senhor. O cristão sabe que Deus é digno de seu louvor, e por amor, gratidão e comunhão com o Senhor, o cristão deve prestar culto a Deus, com sua vida, testemunho, canções, orações, dízimos e ofertas.

Em João 3:14-15, Jesus reconhece que a narrativa de Números 21:1-10. Foi um fato real e revela que assim como a serpente no deserto foi levantada para cura dos hebreus, assim Ele Jesus será levantado para cura da humanidade.

Olhar para Jesus na cruz é reconhecer o maior fato da história humana, é reconhecer o imensurável amor de Deus por nós, o interesse de Deus por cada ser humano, e seu poder para vencer a morte no terceiro dia nos confirmando a certeza e segurança da vida eterna.

A igreja diferente de todas as demais instituições é a única que proclama a vontade de Deus ao homem desemparado, a igreja é a única instituição que entra no Santo dos Santos para interceder a Deus em prol daqueles que sofrem, a igreja é a única instituição que pode adorar a Deus em Espírito e em Verdade.

Reconhecendo a diferença abismal entre a igreja e as demais instituições que existem, estou convicto de que nosso papel não pode ser apenas o de autoproteção, mas de sermos igreja de Jesus em tempo de calamidades, agência de Deus para o mundo perdido.

Meu convite é para que todos nós, independente de raça, credo ou cor, elevemos nossos olhos e corações para Jesus, nos entregando ao seu amor, confiando em sua graça, nos consagrando a Ele, fazendo a sua vontade e clamando por sua misericórdia.

Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14:8).

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: UM NOVO FOCO

Rev. Jefferson M. Reinh

Neste dia internacional da mulher, vale refletir. Vivemos dias de extremismos nas opiniões, a grande mídia tem mostrado uma face de disseminação de ódio, disputas com e sem sentido, agressões gratuitas de todos os lados, e ainda um tempo de generalismos. Podemos apreender algo de positivo e realmente edificante em meio a esse turbilhão de vozes, gritos, bandeiras, marchas etc?

Vale refletir sobre não cair em neologismos e generalismos. Nossos dias são dias de “hashtags” (#, lembra?). Parece existir uma necessidade de se enquadrar em uma questão que limita tudo e todos debaixo de uma palavra, que obviamente não cumprirá esse objetivo, nem esgotará o tema. Mas a insistência de se abarcar tudo em relação à mulher com “sororidade”, “meu corpo minhas regras”, “não é não”, faz com que existam regiões de vazio, medos, inconformismos e dúvidas. Mulheres que caminham com mais profundidade, visão, buscando vidas sadias em meio a esse tempo, ficam à margem de rótulos. E para onde vão?

Bem, aqui entra algo lindíssimo. A Bíblia mostra a sublimidade e virtuosidade da mulher há séculos, literalmente. A Bíblia mostra como Jesus resgata, afaga, ouve, aconselha, ensina e leva a mulher ao seu máximo potencial, isso desde a criação, e muito além do que qualquer coletivo da atualidade conseguiria. E como vemos isso?

Primeiro, de forma direta, a Bíblia mostra o caráter feminino da religião. Em Jesus temos o cabeça, o amor por excelência, a proteção, o alimento, o cuidado. Mas a outra parte é “A” Igreja, chamada não por acaso de A Noiva. E a Noiva é cuidada, adornada, é esperada para as bodas. A Igreja é moldada para ser a exata expressão do amor, da fidelidade, do prazer, das grandes aventuras que existem no matrimônio ideal, e a Bíblia demonstra isso de capa a capa.

Diferentemente do que argumentam sociólogos e outros sobre o patriarcalismo dos tempos antigos, que, segundo muitos deve ser destruído e substituído por uma autonomia total humana, a Bíblia sempre expõe e ordena o Complementarismo. Homem e mulher nunca se sobrepõem, nunca se humilham, se escravizam, se machucam. Diferentemente, se complementam em suas diferenças físicas, psíquicas, emocionais e funcionais. Jesus é o noivo, com sua parte na relação de amor com sua Noiva, a Igreja. Esse é o paradigma para as relações entre homem e mulher, o alvo que deve-se mirar e trabalhar para conquistar, a fim de se chegar a relações sadias e sublimes.

É claro que vivemos numa humanidade caída, afetada e rachada pelo pecado, pelos anseios egoístas que maculam as relações. Porém, é mister enxergar que é possível resgate, é possível ser mulher cheia de viço, se beleza, de trabalho, de sucesso e de boa família. Nesse sentido, minha irmã e amiga, convido você a buscar uma leitura desse mundo pelas lentes da Bíblia. Antes de disputas tortas, levantes ideológicos sem fundamento, gritos e infelicidades (consequência óbvia a médio/longo prazo), observe como Jesus nos educa, e seu exemplo de amor.

Estar debaixo de uma missão é a resposta mais prazerosa ao verdadeiro amor. Quando esse amor é o amor perfeito, o de Jesus, tudo ganha nova dimensão, nova motivação, novo ânimo, novo prazer. Até mesmo nas duras realidades que presenciamos. Invista em conhecer Jesus, sua Palavra, seus atos de amor. O dia da mulher se transformará em anos e vida de MULHER.

Com orações, desejo que Jesus te abençoe e te cuide! Felicidades!

DESIGREJADOS

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Rev. Eloy Heringer Frossard

É cada dia maior o número de “crentes” que abandonam a igreja para viverem um “cristianismo” individual, sem ser membro de um corpo local de crentes, alegando que são muito santos, muito sábios, muito superiores e que não podem continuar congregando com igrejas que eles julgam estar muito aquém do padrão bíblico.

Isso nada mais é do que expressão de orgulho e de vaidade extremados.

É desse tipo de comportamento que surgem as seitas, aqueles grupos fechados que se julgam os únicos crentes fiéis sobre a face da terra. Sempre vão para os extremos: pentecostalismo, liberalismo, conservadorismo.

É um problema muito sério e a Igreja Presbiteriana do Brasil – I.P.B. está sofrendo um ataque muito forte nesses dias do extremo do conservadorismo, onde alguns líderes querem que a igreja volte ao tempo dos Puritanos em seus cultos, aos séculos XVII/XVIII, como se essa fosse a era de ouro da igreja cristã.

Algo absurdo. Sem lógica. Como se a igreja fosse alguma coisa alienada de seu próprio tempo.

Para serem coerentes, deveriam também viver como os Puritanos: sem energia elétrica, sem carros, sem banheiros dentro de casa, sem água encanada, etc.

Precisamos orar pelo Supremo Concílio de nossa igreja que se reunirá do dia 22 ao dia 29 deste mês, para que o Espírito Santo guie todas as decisões, para que a I.P.B. continue sendo uma igreja fiel à Palavra de Deus, mas que vive dentro de um mundo em constante mudança que exige de nós mais dependência do Espírito Santo para continuar proclamando o Evangelho da Graça de Deus.

Que o Senhor nos livre de todo extremismo e nos mantenha fiéis aos Símbolos de Fé da I.P.B.

Paulo, em suas cartas, raramente se dirige a pessoas individuais, mas a um grupo de pessoas, uma igreja local.

Em toda a Bíblia Deus trata com famílias, com povo, com igreja e nunca com indivíduos. Os indivíduos são sempre tratados no contexto de um grupo ao qual pertencem.

Em Mateus 16.18, Jesus diz que edificaria a SUA IGREJA sobre a declaração de Pedro, de que Jesus era de fato o Cristo, o Filho do Deus vivo. Desprezar a igreja é desprezar o próprio Jesus, pois a igreja é dele, com todos os seus defeitos e virtudes.

E Jesus, quando deu sua ordem para seus discípulos irem e pregarem o Evangelho a toda a criatura, disse que eles deveriam ser discipulados e batizados, ou seja, inseridos na igreja visível.

Veja o caso dos discípulos que Paulo encontrou em Éfeso – At 19, e que foram batizados por ele para se tornarem a igreja de Éfeso.

Paulo, por toda parte que ia deixava uma igreja organizada, elegendo presbíteros para a governarem. O apóstolo tinha a igreja em alta conta, ao ponto de chama-la de O CORPO DE CRISTO.

Teríamos muitos outros exemplos bíblicos que mostram a importância da igreja no plano de Deus. Desprezá-la é um grande pecado.

Efésios 5. 25-27 diz: “… Cristo amou a IGREJA e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificada por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito“.

O que poderíamos dizer mais sobre a glória da igreja?

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

JOÃO CALVINO: SÍNTESE BIOGRÁFICA

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de sua paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebres Ordenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.

Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos.” Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).

O amigo e companheiro de Calvino, Theodore Beza, registrou seus últimos dias:

O intervalo até a sua morte ele passou em oração constante… Em seus sofrimentos ele frequentemente gemeu como Davi, “Eu fiquei em silêncio, ó Senhor, porque tu o fizeste”… Eu também o ouvi dizer, “Tu, Senhor, esmaga-me; mas de forma suficiente para eu que eu saiba que isto é obra de suas mãos”. Calvino também pode ter se lembrado das palavras que ele havia escrito há muito tempo em seu Catecismo: “Pois a morte para os crentes é agora nada mais que a passagem para uma vida melhor… Disso resulta que a morte não deve mais ser temida. Em vez disso, devemos seguir a Cristo, nosso líder, com a mente destemida, pois, assim como Ele não pereceu na morte, também não permitirá nós perecermos”.

Em um dos seus últimos comentários, ele comentou sobre a morte e enterro de Moisés: “É bom que homens famosos sejam enterrados em sepulturas não identificadas”. Essa convicção guiou o seu próprio enterro. Ele rejeitou a veneração supersticiosa dos mortos e não queria peregrinações ao seu túmulo. Ele havia vivido para tornar as pessoas cristãs e não calvinistas. Ele talvez tenha escrito seu próprio epitáfio em suas Institutas: “…podemos passar por essa vida em aflições, fome, frio, desprezo, censuras e outras circunstâncias desagradáveis, contente com uma única garantia, que o nosso Rei nunca irá nos abandonar, mas dará sempre o que precisarmos, até que tenhamos terminado a nossa batalha e sermos chamados para o triunfo”.


Fontes Biográficas:

1. Andrew Jumper: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação.

2. Monergismo.com

3. Unidos Pelo Evangelho[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

VIRANDO O JOGO.

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Rev. Jefferson M. Reinh

Nosso país está vivenciando a Copa do Mundo de Futebol de um jeito diferente do que se via até 2014. Uma grande decepção cobriu nosso povo naquele 07 de julho, quando nossa seleção se viu derrotada de forma avassaladora pela seleção da Alemanha, no inesquecível 7 x 1, no estádio Mineirão. De lá pra cá, desconfiança, apatia, acusações são comuns, e a seleção não escapa desse estigma, mesmo quando oferece espetáculo. A marca ficou.

Em nossas vidas, situações assim também marcam. Derrotas colossais deixam grandes estragos, por vezes gerações ficam estigmatizadas, famílias ficam manchadas. Decepções com pessoas, erros que cometemos que nos trazem grandes vexames, perdas de pessoas, patrimônio, rupturas de relacionamentos, filhos que se metem em grandes encrencas. Não é difícil encontramos quem tenha seu 7 x 1 pessoal, familiar. O que se pode fazer para lidar com isso?

A Bíblia traz vários relatos de grandes derrotas e grandes momentos de decepção, que nos ensinam muito. Podemos nos lembrar de Sansão, que era alguém poderoso, extremamente forte, mas que sucumbiu diante da própria arrogância e desobediência, tornando-se motivo de escárnio e zombaria diante dos filisteus (Jz 16.4-25). Jó se viu perdendo seus filhos, bens, e seus amigos não compreendiam sua dor, nem conseguiram aconselhá-lo (Jo 2.11-13). Pedro, diante de Jesus preso, se viu caindo após prometer lealdade ao Senhor (Lc 22.33,34; Lc 22.61,62). O povo de Israel caiu de forma vergonhosa diante de Ai, um povo menor e muito mais fraco belicamente (Js 7.1-13).

Algo importante para se observar é que as derrotas não foram escondidas nem abafadas pela Bíblia. A Palavra de Deus não esconde nossas falhas, e devemos aprender que isso é importante, a consciência de que não somos perfeitos, não somos invencíveis. Só há um invencível, e nEle podemos depositar nossa confiança.

Algo em comum nos exemplos citados é que em todos os casos houve a confissão de que algo não foi feito conforme o esperado, algo foi feito de forma errada. Sansão se viu autoconfiante e soberbo, e colocou isso diante de Deus (Jz 16.28). Jó, Pedro fizeram o mesmo. Israel, através de Josué, buscou a raiz do problema e tomou providências (Js 7.14-26). Em todos os casos, e também no nosso viver hoje, é preciso assimilar os erros, e o maior de todos, que é nossa natureza que busca a vida sem Deus, situação diante da qual temos que lutar, contrariar o coração que é enganoso, e buscar no Senhor a coragem e iniciativa para retornar à caminhada.

Lidar com derrotas envolve a hombridade de ser ver limitado. Envolve a nobreza e dignidade de assumir os erros. Isso é muito difícil, haja vista a pressão de um mundo falso que nos envolve, e nos exige uma perfeição que ele, o mundo, não possui. A grande chave, porém, é assimilar que Deus pode nos conceder sabedoria, pode nos transformar interna e externamente, e pode nos dar novas oportunidades de vencer as batalhas futuras. Pense nisso, e se estiver dentro de um contexto de derrota, ou marcado por algo do passado, busque o Senhor. Tem muitos jogos pela frente!!!

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

COMO LIDAR COM AS PERDAS.

COMO LIDAR COM AS PERDAS – JÓ 44.2

Rev. Jefferson M. Reinh

A vida é linda, mas repleta de momentos que nos fazem questionar essa beleza. O maior dos questionamentos vem diante das perdas, principalmente de pessoas ou coisas que amamos muito. O coração é despedaçado. A alma é sufocada a ponto, por vezes, de pensarmos em desistir. Diante de situação tão extrema, algumas atitudes são fundamentais.

1) O luto deve ser vivido – respeitado. Muito comum, diante de alguém que chora, as pessoas dizerem: “não chore, vai passar, foi melhor assim…” Nós devemos aprender a respeitar o choro. A Bíblia nos diz que há tempo de chorar, tempo de prantear (Ec 3.4). Jesus chorou diante da morte de Lázaro, e viram o quanto o amava (Jo 11.35, 36); Davi bradou por seu filho Absalão. O povo no deserto pranteou por seus mortos, e por 30 dias havia silêncio e lágrimas. No luto, mesmo que muito doloroso, há sabedoria sendo trabalhada, as saudades e a falta nos remetem ao valor da vida, agora ausente. Aprendemos que devemos amar mais, estar mais juntos, olhar nos olhos, enquanto é tempo. Somos humanos, carregamos emoções, não julguemos os que estão no luto. Choremos juntos, sejamos ombros amigos. Não é pecado chorar. E ninguém sabe o que se passa de verdade no coração de quem sofre. Uma dor solitária, aguda e profunda.

2) Questionamentos são normais, a questão é o que se faz para resolvê-los. A vida não é uma estrada reta e plana, ela é repleta de curvas, altos e baixos, e muitos buracos. A morte será um grande mistério, até que Jesus venha nos livrar completamente dela. É uma ruptura brutal. Não há problema em se questionar, em buscar respostas. E a paciência dos mais próximos, com carinho e sabedoria, ajuda a alma triste a se ver mesmo limitada, e confiar no Senhor. E isso é o próximo passo. Mas é preciso buscar o recomeço, não permanecer nas perguntas e dores.

3) Deus é soberano. Nosso coração deve ser trabalhado para a realidade. Nossa natureza, e de toda a criação, se encaminha para um dia de ruptura. Deus encerra um período, uma etapa. Deus encerra o sofrimento ou mesmo a alegria. Há um grande propósito nisso. Reconhecer isso nos leva a adorar a Deus, mesmo em meio às lágrimas. Adorar não é riso frouxo, ou apenas dizer “quem está feliz bate palmas”. Adorar é declarar “sou teu, sou tua, Senhor, e minha vida está submissa a Ti”. E o mesmo Deus que rompe etapas, inicia novas etapas. Ele é o Consolador, que nos enxuga as lágrimas (Jo 16.22; Rm 8.26; Ap 21.4).

4) Confiar no Senhor e estar com amigos – Orar, ainda que sem palavras, ler a Bíblia em Salmos, como o Sl 40, nos levam a experimentar o consolo do Espirito. E Deus nos envia amigos. Estar com eles é refrigério para a alma. As boas lembranças devem ser preservadas, as risadas podem ser um bálsamo. Gratidão e sorrisos surgem de boas lembranças, e o desejo de recomeçar vem. A dor é inevitável, mas a reconstrução é uma escolha, uma decisão, um novo processo. Haverá consolo!

(continua na próxima semana…)

POR UM CRISTIANISMO CIDADÃO.

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Rev. Jefferson M. Reinh

Uma das grandes perdas que observo na sociedade atual em relação às décadas anteriores é a perda do civismo. Poucas escolas investem em oferecer Educação Moral e Cívica com qualidade, e o resultado é tristemente doloroso. A geração atual não respeita idosos, não respeita as mulheres, não respeita lugares públicos, e conhece muito pouco de civismo.

Não falo apenas da Igreja em geral. O que vemos nela é resultado de pais que conhecem pouco de bons modos. Parece bobo falar em jovens e adultos que entram em cultos com bonés à cabeça, roupas curtíssimas etc. Mas essa é uma prática que é inadequada para quem vem estar diante de Deus. Muitos advogam que o que importa é o coração. Mas não foram ensinados que a Bíblia diz que o coração é enganoso e corrupto (Jr 17.9) e que o Senhor nos convida a entrar em sua casa com muito respeito (Ec 5.1; Hq 2.20).

Vamos prosseguir. O linguajar visto nos nossos dias é, na maioria das vezes, desrespeitoso e vulgar. Esquecemos de usar pronomes respeitosos diante dos mais idosos, como senhor, senhora. Usamos, em vez disso, chamar de “cara”, “meu”, e mesmo sendo simpáticos, não honramos aqueles que conquistaram com o tempo o direito de serem bem cuidados. Não concedemos lugar nos ônibus às grávidas, aos idosos ou às pessoas com sacolas. Falar para o jovem “pedir a bênção” aos pais, avós, tios, é coisa perdida. E isso se reflete diante do Senhor, nas orações em que tratamos nosso Soberano como um deus qualquer.

Nas praças, as pichações são “expressões artísticas” ou o grito de “vítimas da sociedade”. Não existe o cuidado ou o respeito pela coisa pública. Não há civismo, salvo na efemeridade das copas do mundo de futebol. E quando presenciamos crises, como a dos últimos dias, o que vemos muitas vezes, é o praguejar, murmurar, para citar expressões mais leves, diante dos governos, patrões, e até mesmo de Deus.

Não estou aqui defendendo ninguém, no sentido de ideologia política ou social. Também não estou clamando por uma volta aos dias de rigidez nas relações sociais. Mas me pergunto se a experiência com Jesus produz em nós, Igreja, o crescer como humanos ou se restringe ao aspecto místico, pragmático, onde eu entro no templo, falo e canto, ouço uma palavra de ânimo e saio novamente para a “selva”.

A Bíblia ensina a praticar a excelência e glorificar a Jesus em tudo. Filipenses 4.8 fala de práticas de vida comum, diárias. O mandamento de honrar pai e mãe é seguido de promessa. Paulo exorta aos crentes a honrarem os mais velhos e os líderes (Rm 13.1-7; Gl 6.6-9; 1Tm 5.17). E Davi nos exorta a orar e perceber que o Senhor ordena sua bênção onde há unidade, respeito, colaboração (Sl 122.6; Sl 133).

Por fim, venho lembrar que Juiz de Fora completou, na quinta-feira, 168 anos. Essa é a cidade onde Deus nos colocou para viver. Nem sempre pensamos em orar por ela, mas somos convocados a isso. Jeremias 29.7 é claro. Se aqui é o lugar onde somos embaixadores do Reino (2Co 5.20), devemos orar, e colaborar para o bem da cidade. Pense nessas questões! O Senhor nos abençoe!

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

SEMENTES PRECISAM SER REGADAS.

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Rev. Jefferson M. Reinh

O mês de maio chega ao fim. E que mês esse! Intenso, com três grandes atividades fundamentais na vida da Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora.

A primeira delas foi o “Jovens em Missões”. Com a visita do missionário Calebe, nossa juventude esteve sendo exposta à realidade das experiências missionárias, e sementes foram lançadas, no sentido de cada jovem e adolescente se ver como alguém chamado desde cedo a fazer diferença em sua geração, pelo Reino. Nossa juventude foi desafiada a sair do anonimato e ser protagonista na obra missionária da 1ª IPJF.

Depois veio a “Semana de Oração Pela Família”. Mais do que um momento pontual, lançamos sementes de vida de oração pelo lar, e fomos incentivados a conhecer mais da Bíblia em nossos lares, clamarmos pela graça do Senhor dentro da família. Fomos lembrados do propósito e dos desafios que enfrentamos com nossas famílias no mundo atual. Uma semana de clamor e presença do Espírito Santo conosco.

No último fim de semana, vivenciamos nossa 18ª Conferência Missionária, com o renovo de nosso compromisso com a obra missionária. Ao ver os vídeos de alguns de nossos irmãos nos campos, pudemos glorificar a Deus por sua obra ser perene há tantos anos, e nós como igreja podermos ser parceiros do Pai nesse lindo projeto. As pregações de nossa irmã Durvalina foram muito edificantes, e ao mesmo tempo atingiram nossa visão missionária, bem como nossa espiritualidade e devoção pessoal, com temas ligados à oração, o ministério da contribuição e o “ide”.

Mas, e agora? O que nos cabe doravante?

Bem, quero trazer a nossa mente o texto de Tiago 1.22: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. Essa exortação do irmão de Jesus é a diferença entre os avanços e conquistas na vida, e a constante superficialidade que vemos em muitas igrejas movidas a eventos.

Fomos expostos à Palavra de Deus de forma intensa. Sem contar os eventos já constantes em nossa agenda habitual, recebemos 6 pregadores visitantes nesse mês. Eles se vão. O que fica é nosso compromisso pessoal sendo cumprido, mesmo em meio às dificuldades, contrariedades. Precisamos tomar cada semente lançada e regar, cuidar, investir em crescimento, investir em fincar raízes sólidas no Reino, raízes que irão nos trazer tronco, galhos, folhas e bons frutos.

Que os jovens se mostrem entusiastas, conhecedores da obra missionária, evangelistas, e intercessores por outros jovens missionários. É tempo de renovação, romper com conceitos do tipo “ainda não é a hora”, ou “não estou pronto”. É a hora de obedecer ao Senhor.

Que na família passemos a agir como servos, não como senhores. Como amigos, não como patrões. Passemos a viver o “beabá” da fé, orando no lar e pelo lar, crescendo na obediência a Cristo e assim tornando o lar um centro de bênçãos.

Que na obra missionária nossa igreja avance em orar, contribuir fiel e crescentemente, e seja enviadora de evangelistas e missionários pelo mundo. Que nossos votos sejam cumpridos com alegria, determinação e o Senhor se alegre sobre nós, nos abençoando como seu povo. Sejamos praticantes! Reguemos as sementes!

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]

A GLÓRIA DO IMPOSSÍVEL!

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Por Samuel Zwemer* (1911)

O desafio dos campos do mundo ainda não alcançados é para uma grande fé e, portanto, para um grande sacrifício. Nossa disposição em nos sacrificarmos por um empreendimento está sempre na proporção de nossa fé nesse empreendimento. A fé tem a capacidade de transformar o quase impossível em realidade. Quando os homens são dominados pela convicção de que uma coisa tem que ser feita, eles não permitem interrupções até que esteja realizada. “Nós recebemos as nossas ordens para marchar” e, considerando que o nosso “Comandante-e-Chefe” não está ausente, mas conosco, o impossível se torna não apenas viável, mas, também, imperativo.

Charles Spurgeon, pregando sobre o texto “Toda autoridade me foi dada… eis que estou convosco”, usou as seguintes palavras: “Temos aqui um valor que é absolutamente infinito, e que importa quais sejam os demais fatores? Eu farei o que puder, diz alguém. Qualquer tolo pode realizar uma coisa assim. Aquele que crê em Cristo faz o que não pode fazer, tenta o impossível e o realiza”.

Revezes frequentes e supostos fracassos jamais desanimam o pioneiro autêntico. Os martírios ocasionais são apenas um novo incentivo. A oposição é um estímulo para maior atividade. Uma grande vitória jamais foi possível sem grande sacrifício.

Será que realmente importa quantos morrem ou quanto dinheiro gastamos na abertura de portas fechadas e na ocupação de diferentes campos, se realmente cremos que as missões são um estado de guerra e que a glória do Rei Jesus está em jogo? A guerra sempre significa sangue e renúncia. Nossa única preocupação deveria ser a de sustentar a luta agressiva e a de obter a vitória, sem levar em conta o custo e o sacrifício. Os campos não tomados do mundo precisam ter o seu Calvário antes de ter o seu Pentecoste.

* Samuel Zwemer (1867 – 1952) foi pastor reformado e missionário entre os muçulmanos árabes, aproximadamente durante 40 anos. Filho de um pastor da Igreja Reformada dos Estados Unidos, foi o 13º de 15 irmãos. Fundou uma agência missionária, a Missão Arábica Americana. Durante sua vida, enfrentou várias tragédias e dificuldades: chorou a morte de suas duas filhinhas, de amigos íntimos e de suas duas 2 esposas. Todavia, permaneceu sempre feliz e otimista.

[/vc_column_text][vc_tweetmeme][vc_googleplus][vc_facebook type=”button_count”][/vc_column][/vc_row]

MÃE: ESPETACULARMENTE NORMAL.

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

Rev. Jefferson M. Reinh

A palavra “mãe” ou “mães” aparece na Bíblia por 289 vezes. Lendo-as, aprendemos o princípio básico que diz: as mães devem ser honradas (Ex 20.12), junto com os pais. Na Bíblia há histórias de mães magníficas, e outras nem tanto. Mas, posso afirmar que, embora haja uma imensa influência das mães sobre os seus filhos, elas não são responsáveis pelas escolhas que eles fazem. As mães escolhem caminhos para si e para seus filhos, mas os filhos também fazem o mesmo, para alegria e para tristeza das suas mães e deles mesmos.

Podemos, portanto, aprender com as mães da Bíblia. Aprender com seus acertos e seus erros. A Bíblia nos apresenta mães que souberam cuidar e amar seus filhos, de tal forma que se tornaram exemplos de mulheres para a posteridade. Uma grande mãe foi Ana, a mãe de Samuel. Ela é um exemplo de oração, pois se derramou completamente diante de Deus, a despeito das interpretações erradas de Eli, o sacerdote. Lutou em oração para ter seu filho. Ana foi exemplo de mãe cuidadora, pois cuidou exemplarmente de Samuel até desmamá-lo. E é exemplo de fidelidade, e também de honra. Ao cumprir o tempo certo, entregou seu filho ao Senhor, cumprindo a palavra que deu a Deus, e a cada ano visitava o menino com uma roupa nova, palavras de incentivo e um coração sábio, que reconhecia que Deus cuidaria melhor de seu garoto que ela mesmo. O resultado está nas Escrituras – Samuel foi sacerdote, profeta e o último grande juiz de Israel, ungindo a Davi como rei. Julgou a Israel por décadas. E a mãe Ana teve mais filhos e filhas para si (1Sm 1 a 3).

A Bíblia apresenta também mães que agiram com falta de sabedoria. Na escolha de nomes, como Raquel, esposa de Jacó (Gn 35.18), ou a mãe de Jabez (1Cr 4.9,10). Também a mãe de João e Tiago, que pediu a Jesus lugares de proeminência para seus filhos, sem conhecer o que pedia, e como chegar a esse ponto (Mt 20.21).

Assim, de forma resumida, podemos ver tranquilamente na Bíblia exemplos de mães que, antes de tudo, foram mulheres normais, com acertos e erros, com boas e más escolhas. O que efetivamente funcionou a cada uma delas, porém, foi entender que, ao colocar sua maternidade a serviço e disposição do Senhor, foram felizes em ver seus amados filhotes crescendo e se tornando bons adultos.

Quando Deus quis mostrar o quanto amava a Israel, comparou seu coração amoroso ao de uma mãe, que jamais esquece dos filhos (Is 49.15, 16), ou da galinha que aninha seus pintinhos debaixo de suas asas (Mt 23.37; Lc 13.34). A Mãe é o exemplo de amor.

Mãe, hoje é um de seus dias. Considero todos como seus, afinal, você é mãe sempre. E meu desejo é que você seja sempre a mãe sábia e amada, que sempre ama e serve a Deus, e educa seus filhos e filhas a conhecerem e amarem aos Senhor. E que o Senhor te abençoe, te conforte e ilumine seu coração, e te cubra de graça, alegria, e muitos afagos nesse dia, e em todos os dias. Parabéns!!!

[/vc_column_text][vc_facebook type=”button_count”][vc_tweetmeme][vc_googleplus][/vc_column][/vc_row]